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Paralelismo Sintático

O que se denomina paralelismo sintático é um encadeamento de funções sintáticas idênticas ou encadeamento de orações de valores sintáticos iguais. Observe os casos abaixo:

Funcionários cogitam nova greve e isolar o governador.


O sujeito da frase é FUNCIONÃRIOS, seguido do verbo COGITAM. Mas o que eles cogitam? Observe que eles cogitam duas coisas, mas uma está expressa com um substantivo (NOVA GREVE) e outra com um verbo (ISOLAR O GOVERNADOR). Dessa forma, as correções possíveis para a frase são:

> Funcionários cogitam fazer nova greve e isolar o governador.
ou
> Funcionários cogitam nova greve e o isolamento o governador.

Vejamos outro exemplo:

Ele não só trabalha, mas também é estudante.


Novamente uma mistura de verbo com substantivo. TRABALHA é verbo, mas ESTUDANTE é substantivo. As correções possíveis para a frase são:

> Ele não só trabalha, mas também ESTUDA.
> Ele não só é trabalhador, mas também é estudante.

Já na frase abaixo, o problema vai além da linguística:

Ela viajou para a Bahia; eu, para Florianópolis.


O problema de paralelismo, aqui, está fora da língua: Bahia é um estado, já Florianópolis é a capital de Santa Catarina, ou seja, uma cidade.

Claro que se for intencional (por exemplo, se o personagem que foi para a Bahia tiver explorado diversas cidades e o outro está reclamando que ficou apenas na capital por falta de dinheiro ou companhia), a frase é válida, mas isso deve estar claro para o leitor no contexto. Ou seja, uma ruptura nesse paralelismo (que poderia se chamar de semântico) requer cuidado e contextualização por parte do escritor. A solução mais simples:

Marcelo Spalding

 

 

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